quinta-feira, 11 de junho de 2009

CHANTAGEM NO RECIFE

O que se viu na noite de 10 de junho no Recife tem apenas um nome: CHANTAGEM. Recife já sabia havia meses que haveria um jogo da Seleção Brasileira de Futebol na cidade, mais precisamente no estádio das Arrudas.

No final da semana passada o sindicato anunciou uma greve por causa de baixos salários. Ou algo assim. O fato é que nenhum tipo de greve chantagista tem justificação. Prejudica-se uma população inteira com o intuito de se obter vantagens pessoais para uma classe trabalhadora apenas, aliás, para os dirigentes politizados dessa classe.

Você trabalha no metrô de Recife e não gosta de seu salário? Ora, pelo menos você tem um emprego. Se quer ganhar mais, peça demissão. Procure outro emprego, mas não encha o saco de 3 milhões de pessoas porque acha que ganha mal. Ah, o mercado de trabalho está mal? Há crise? Que pena.

A imprensa, por sua vez, dá extrema cobertura a um sindicato irresponsável. Já que se arvora a ser a “voz do povo”, devia pensar mais antes de dar apoio a um sindicato irresponsável.

O trabalhador recifense, bem como o brasileiro em geral, não ganha lá muito bem. Não tem educação em um nível mínimo, não pode dar grandes alegrias a suas famílias. No dia em que existe um jogo da seleção brasileira na cidade em que mora, não pode ir pois há uma greve que lhe deixa sem transporte e sem alternativa, pois o trânsito virou um caos.

Já que os “trabalhadores do metrô” não se importam, deveria o governo pernambucano, dono do modal, mandar todo e qualquer irresponsável para o olho da rua. A CBF, por sua vez, deveria deixar de fazer qualquer jogo da Seleção nessa cidade por pelo menos dez anos. Quem sabe outra cidade com menos idiotas trabalhando no metrô passe a se importar mais com seu povo.

Ah! Moro no Brasil, a mais de 3 mil quilômetros do Recife. Estou desempregado e acabo de fazer duas cirurgias para tentar sobreviver.

E você? Ainda está morando no Recife? Então pergunte ao seu Governador por que ele está anunciando levar o trem a São Lourenço da Mata, depois de tê-lo abandonado à própria sorte 25 anos atrás, depois de rodá-lo por quase cem anos. Naquela época não servia, e agora serve?

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