quarta-feira, 22 de setembro de 2010

AS DEPREDAÇÕES NA SERRA PARANAENSE

Ex-estação ferroviária de Véu de Noiva, na serra da Graciosa: em ruínas. Foto Marília

Hoje recebi de uma amiga do Sul uma fotografia da estação de Véu de Noiva, na linha Curitiba-Paranaguá. Quer dizer, ex-estação, pois, com exceção de três nessa linha, Curitiba, Morretes e Marumbi, o resto não serve como tal já há muito tempo.

Aliás, fico até imaginando quem deveria subir ou descer em estações como as de Banhado e Véu de Noiva, situadas no meio de coisa nenhuma, no meio da mata. Só que eram mantidas em ordem. Inclusive, ambos os prédios foram construídos por volta de 1944 para substituir as pequenas estações de madeira que existiam antes.

Sessenta anos depois, a de Véu de Noiva está depredada. Não sei como está a de Banhado, que até algum tempo estava sendo usada, segundo relatos, por gente de manutenção da via. Mas isso é que me espanta. A ruína da estação do Véu da Noiva, da casa Ipiranga e de outras construções ao longo da linha certamente não impressiona favoravelmente os turistas europeus que em bom número costumam viajar pela linha turística.

Também não devem impressioná-los muito os carros atuais da composição da Serra Verde que sobe e desce a Graciosa. Estão sendo reformados com material de terceira, tanto interna quanto externamente.

Louvo a Serra Verde por manter esse trem, mas creio que ela deve estar perdendo pontos e mais pontos com o fato de ter carros realmente sofríveis como os qua vem utilizando. Por outro lado, ela não tem nada a ver - não é responsável por isso - com a depredação do patrimônio ao longo da via, mas, apesar disso, ela deve perder pontos também.

Longa vida à Serra Verde, mas, por favor, que abram o olho.

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