sábado, 4 de dezembro de 2010

NO FIM DO MUNDO, ENGENHEIRO MAIA

1986 - somente ruínas

Uma das estações ferroviárias que desapareceu nos últimos anos foi a de Engenheiro Maia, nome dado em homenagem ao engenheiro Alfredo Maia, que trabalhou para diversas ferrovias, onclusive a Sorocabana, especificamente nesta para a construção do ramal em que a estação estava: o ramal de Itararé.

1912 - a estação pronta, nova e operando

Construída entre 1909 e 1912, inaugurada em 1909, o tipo de construção que ela tinha dava a entender que ali deveria ser - ou vir a ser - local importante para o embarque e desembarque de mercadorias e passageiros. Era a única estação do município de Itaberá, entreos de Faxina (Itararé) e Itararé, sendo, porém, bastante distante da sua sede (23 km) e quase às margens do rio Pirituba, que, aliás, deveria nomeá-la, sendo preterido em lugar de Ibiaté e, finalmente, de Engenheiro Maia, já na sua abertura.

1973 - pouco movimento ainda na estação

Os relatórios da ferrovia, no entanto, sempre acusaram números muito baixos de embarque de cargas na estação, mesmo existindo ali a junção de um ramal industrial da Cia. Agrícola e Industrial de Angatuba. O número de passageiros também era pequeno; realmente, o local permanece com aspecto totalmente rural, mostrando que, com números baixos, não havia razão para crescer e se urbanizar, mesmo com o casa do Barão de Antonina ser ali localizada.

1997 - fora a linha, nada mais do pátio da estação

Enfim, em 1986, a foto que existe num dos raros documentos com fotografias da FEPASA - o relatório de instalações fixas - já mostram um prédio abandonado e em ruínas. Sobraram, no entanto, algumas poucas casas, muito bonitas e simpáticas, da antiga vila ferroviária, mas as fundações da estação - e até a plataforma de concreto - já desapareceram desde 1997 pelo menos, quando estive lá. Ainda existia a linha, mas já desativada havia pelo menos 5 anos e que foi arrancada 4 anos depois.

2006 - A mais bela casinha ali. Nem mesmo a casa do Barão de Antonina sobreviveu.

O local ainda é bastante isolado. A última vez que fui lá foi em 2006. O acesso da estrada Itapeva-Itararé para lá (um quilômetro e meio) ainda era de terra. O pessoal da casa com quem eu estava conversando disse que o dono tinha ido até Itaberá pegar uns papeis - como disse, longa viagem, 37 quilômetros. Apesar de tudo, o local é muito calmo e agradável. Vale uma visita ali e na região. Mais sobre Engenheiro Maia aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário