segunda-feira, 21 de maio de 2012

VAMOS COM CALMA...

Estação Autódromo - foto Ricardo Koracsony

Uma reportagem publicada ontem no jornal O Estado de S. Paulo tenta dar explicações para os seguidos problemas que vêm ocorrendo no Metrô e na CPTM paulistas.

Podem ter razão em várias das explicações, que, apesar de tudo, cetamente terão alguns argumentos contrários.

A única explicação que me pareceu fora de propósito fala de "idade". Realmente, as linhas da CPTM são mais antigas que o Metrô, isso é ponto pacífico. Porém, dizer que são do século XIX é brincadeira. Realmente, as linhas originárias dos atuais leitos são mesmo de mais de cem anos atrás (exceto as linhas que passa pelo rio Pinheiros, a linha 9, que é de 1957 e a da variante de Poá, linha 12... não é 12?, de 1934), mas é a mesma coisa que dizer que a pavimentação das ruas do centro velho de São Paulo data do tempo de Tibiriçá.

Afinal, o assentamento dos trilhos nas linhas da E. F. do Norte (depois Central), Santos a Jundiaí e Sorocabana-tronco deram-se nos idos de 1867 a 1875, mas o que existe lá atualmente em termos de via permanente é muito mais recente. Inclusive a eletrificação, citada como "antiga", também não é a original... as originais datam de 1944 (Sorocabana), fim dos anos 1950 (Central) e anos 1950 (Santos a Jundiaí).

Por outro lado, não se pode dizer que as linhas estejam em excelente forma, principalmente o sistema elétrico, aparentemente insuficiente para aguentar o aumento de demanda da CPTM nos últimos anos. Mas vamos tomar cuidado com o que escrevemos...

Um comentário:

  1. ter uma ferrovia centenária como as linhas de são paulo, seria motivo de orgulho para qualquer país, mas para as incompetências de governos anteriores e atuais isso significa mera desculpa para justificar os péssimos serviços prestados para população, dizer que as linhas são do século XIX ou XX é justificar as incompetências, eles sabiam que herdaram da Fepasa e RFFSA problemas de investimento e infra estrutura, a CPTM deveria ser mais sincera e dizer que eles não conseguiram se modernizar para atender essa demanda que temos em são paulo.

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