quinta-feira, 22 de novembro de 2012

NO TEMPO EM QUE FERROVIAS VENDIAM TERRENOS


Na época, a decadência das estradas de ferro já se fazia presente como nuvens negras, mas ainda existiam anúncios que vendiam terrenos em loteamentos atendidos por linhas de trens. Hoje, infelizmente, o fato de estar perto de uma ferrovia já chama problemas, seja de cargas ou trens metropolitanos. Quantas vezes já não vimos reportagens com moradores de determinado local reclamando do barulho da ferrovia à sua porta (embora ele, claro, não se lembre que em 90% ou mais dos casos a ferrovia é muito mais velha que sua moradia...)?

Nos anos 1940 e início dos anos 1950, ainda se usava "a magia dos trilhos para alavancar vendas de terras. Li muitos em jornais da época, boa parte na praia, no ramal de Juauiá, especialmente no trecho entre Santos e Peruíbe.

O planalto, no entanto, também tinha sua parte. Até uma cidade inteira, Panorama, era anunciada seguidas vezes citando o trem. E as linhas somente chegariam a ela em 1950. Em Gabriel Piza, estação da Sorocabana no município de São Roque, também eram invocados os trilhos...

E por aí vai... ou ia. Hoje, a estação de Gabriel Piza tem apenas pedaços de suas paredes em pé (e ela era bonitinha, cheguei a vê-la inteira) e a cidade de Panorama, que nunca cresceu tanto assim, já está em franda decadência. Os trens não vão mais para lá há anos e eu estou falando de trens cargueiros. De passageiros, o ultimo esteve por lá em 2000.

Os recortes de Gabriel Piza e de Panorama, acima, são da Folha da Manhã, ambos em 1950.

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