sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ASPECTOS INTERESSANTE DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA EM 1915

O desespero da Austria-Hungria já veio cedo na guerra. Desenho de março de 1915
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Já deu para ver, quem acompanha meu site, que o assunto "Primeira Guerra Mundial" me fascina. Não sou especialista, estou muito longe disso, mas cada vez que aparece alguma coisa nova sobre ela, lá vou eu ler.

Aqui foi bem difícil. Peguei uma série pequena de fotos e mapas - mais precisamente, uma foto e alguns mapas - meio aleatoriamente, na revista Lectures pour Tous, francesa, que saía nessa época e cujas reportagens eram praticamente somente sobre o que ia acontecendo na carnificina ali ao lado - mas que jamais chegou a Paris, pelo menos nessa guerra em particular.

A revista era feita em Paris, claro.

Mas qual seria a minha dificuldade? Simples - jamais aprendi francês. Então, essas revistas caíram-me às mãos, todas entre o fim de 1914 e o início de 1915, como um presente de um amigo, que me a deu há cerca de uns... trinta anos.

Eu já a havia folheado, mas atualmente estou tentando decifrá-la. Como ela tem muitas fotografias e desenhos, fixo-me, claro, nele, pois aí, com textos curtos e referindo-se às figuras, fica menos difícil tentar entender.

No desenho no topo deste artigo, um mapa da Áustria-Hungria no início de 1915, mostra seu Imperador, Francisco José (Franz Josef) já meio caduco, tentando se livrar das tenazes que o machucavam - ou tentavam fazê-lo. O Império Austríaco, por tudo que li até hoje sobre a guerra, praticamente só apanhou durante a guerra. Muito mais do que a Alemanha, seu aliado, mas que durante os pouco mais de quatro anos de luta, conseguiu manter seu Império, comandado por Guilherme II (Wilhelm), quase totalmente intacto, sem grandes invasões.
Couraçado alemão no canal de Kiel, ao norte, próximo à Dinamarca. O canal liga o mar Baltico ao mar do Norte cortando o sul da península da Jutlândia. Sobre o navio, uma ponte de um ramal ferroviário que liga a linhaférrea a uma siderúrgica alemã, vista à esquerda da foto
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A Alemanha perdeu a guerra porque resolveu se entregar em novembro de 1918, já sem recursos, principalmente alimentos. Todas as suas importações não chegavam mais, pois ela atuava como inimiga praticamente do mundo inteiro. Outra razão: os austríacos eram tão fracos - eles que começaram a guerra atacando a pequena e antiquada Servia, mas, cinco meses depois, em dezembro de 1914, levaram uma surra dos aguerridos guerreiros sérvios. Enfim, eles eram tão fracos que, no final de outubro de 1918, quando renderam-se esfacelados, com seu império já começando a se desmontar entre os povos que o constituíam, deixaram seus aliados alemães sem condições de conter uma nova frente de guerra - a terceira, no caso.

Logo acima, um mapa do canal de Kiel, entre o Schleswig e o Holstein alemães. No final da guerra, o Schleswig foi entregue à Dinamarca.

Do outro lado da Europa, a frente alemã e austríaca contra a Russia: vejam no mapa logo acima as cidades, regiões e divisas. Ali havia um problema: desde 1795, a Polonia não existia como nação autônoma e estava dividida entre a Alemanha, a Russia e a Áustria. Os três exércitos estavam em guerra em 1915. alemães e austríacos contra russos. Havia poloneses em todos eles. Como fazer poloneses lutar contra poloneses quando o desejo de união formando novamente a velha Polonia independente somente vingaria se pelo menos dois países perdessem a guerra?

E, finalmente, uma ferrovia com ramais na Polônia de então - mapa aqui logo acima. Seria possível que essa ferrovia e esses ramais ainda existam, depois da destruição havida aí nessa guerra e principalmente na Segunda Guerra de 1939-45? Eu não fui checar. Fica a curiosidade. Aparecem no mapa o rio Vistula e também a fronteira russo-alemã da época. Varsóvia ficava, então, na Russia.

Assim, com pequenos retalhos, pode-se aprender algo sobre a "Guerra do Kaiser", como minha avó, na época com vinte anos apenas, a chamava.

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