sexta-feira, 14 de julho de 2017

1925 - O ESTADO DE SÃO PAULO TINHA QUASE 7 MIL KM DE FERROVIAS


ACIMA: Anos 1950 - o ramal de Piracicaba da Paulista (de leste a oeste no mapa) e os trilhos do ramal da Usina Santa Barbara, que talvez tenha sido o maior ramal particular existente no Estado, nos anos 1950 (mapa IBGE)

No tempo em que havia trem no Brasil. Aliás, a gente só pode hoje falar de tempos há muito idos, em termos de ferrovias paulista e brasileiras. Enfim - achei aqui um relatório simplificado da situação das ferrovias paulistas no ano de 1925, no dia 31 de dezembro.

Ou seja, quase 92 anos atrás. Cortavam as terras paulistas 6.859 quilômetros de ferrovias.

O Estado paulista tinha 809 quilômetros de trilhos que pertenciam à União, divididos entre a Noroeste (474 km), a Central do Brasil (279), a E, F, Minas e Rio (25), a E. F. Lorena a Piquete (20) e a E. F. de Bananal (11 km).

Em ferrovias de administração estadual eram 2.229 quilômetros, divididos entre a Sorocabana (1.864 km), a E. F. Araraquara (281), a E. F. Campos do Jordão (46 km) e o Tramway da Cantareira (38 km).

As estradas de ferro particulares ainda eram a maioria, com 3.821 quilômetros que incluíam a Mogiana 1.340 km), a Paulista (1.294),  a E. F. do Dourado (275), a SPR (246), a E. F. Santos a Juquiá (152), a E. F. São Paulo-Goiaz (143), a E. F. S. Paulo-Minas (106), o Ramal Ferreo Campineiro (40), a E. F. Monte Alto (31), a E. F. Jaboticabal (26), o Tramway de Piraju (26), o Ramal de Dumont (23), a E. F. Itatibense (20), a E. F. Votorantim (20), a E. F. Perus-Pirapora (16), a E. F. São José do Barreiro (16), o Tramway de Santo Amaro (12), a E. F. do Guarujá (9), o Tramway Santos-São Vicente (9) e a E. F. Noroeste do Paraná (7 km).

No total do que existia, 5.612 quilômetros eram em bitola métrica; 895 em bitola larga; 330 em bitola de 0,60 m - aqui se incluem os 3 ramais da Mogiana e os 2 da Paulista em bitola de 0,60; 12 em bitola de 1,44 m (o tramway de Santo Amaro) e 9 em bitola de 1,35 (o Tramway Santos-São Vicente). Estes dois últimos eram já linhas de bondes, mas continuavam sendo chamados de tramways e considerados ferrovias pelo fato de estarem situados entre dois municípios.

Finalmente, havia entre esse total 234 quilômetros eletrificados, divididos na Paulista (94 km), da Campos do Jordão (46), do Ramal Ferreo Campineiro (31), Tramway de Piraju (26), Tramway de Santo Amaro (12), Guarujá (9), Santos-São Vicente (9) e Votorantim (7 km).

Salienta-se ainda que havia em construção dois prolongamentos da Paulista (em Cabrália Paulista e em Bebedouro), a retificação da Sorocabana entre São Paulo e Sorocaba, além de algumas outras citadas e que nunca foram terminadas, como o ramal de Guaíra (Mogiana), a variante Bacaetava-Tatuí, a E. F. Norte-Sul de S. Paulo e a a ferrovia Itararé-Itaporanga (nominadas assim na época).

Especificava o artigo também que, embora não estejam computadas nos números acima, havia em funcionamento uma série de ferrovias para uso particular, citando como exemplos: a linha da Cia. Melhoramentos, em Caieiras; as dos Engenhos Centrais da Sucrerie e da Usina Monte Alegre, ambas em Piracicaba; o Tramway da Usina Santa Barbara, na cidade do mesmo nome, o da Fazenda Guatapará, em Ribeirão Preto (na época) e o ramal da Cia. Paulista de Combustíveis, em Caçapava e muitos outros.

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